quarta-feira, 21 de outubro de 2009

AUTO-RETRATO



Eu era um belo rapaz na mocidade
Os tempos passam, a velhice avançando
As rugas, não me dão paz, face à idade
Estatura mediana, meu nome Armando.


O nariz mais p’ra grande que pequeno
Olhos castanhos da mesma cor o cabelo
Que hoje é grisalho, rosto moreno
Agora, triste aparência, nenhum desvelo


Se meus versos revelam algum talento,
Do inábil poeta que os escreveu
Vale mais o clamor de vosso intento


Do que a sanha de quem os escreveu.
Eis aqui, quem de furor algum é isento
Estando a ele mais propenso, que quem leu


São Paulo, 17/09/2009
Armando A. C. Garcia

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